ocê quer ser melhor ou diferente? Essa é a pergunta que Sally Hogshead, uma palestrante profissional brilhante, apresentou em um discurso recente. Embora grande parte de seu trabalho seja voltada a ensinar como ser fascinante, esse discurso veio de uma perspectiva diferente: o poder de ser diferente em vez de simplesmente melhor que os outros.
Sally compartilhou uma pesquisa interessante que revelou uma estatística surpreendente: 73% das pessoas prefeririam ser melhores, enquanto apenas 27% escolheriam ser diferentes. Isso revela uma tendência clara: a maioria das pessoas está focada em superar a concorrência, em ser "a melhor" em seu campo, mas poucas entendem o impacto de ser único.
Agora, vamos refletir sobre isso. Ser melhor do que a concorrência é, claro, uma vantagem. Mas o que realmente faz de você o melhor? É o seu produto? O preço mais competitivo? O atendimento ao cliente? Ou, talvez, a experiência geral que você proporciona? Essas são perguntas importantes, pois é fácil alegar superioridade, mas o que realmente sustenta essa afirmação?
Imagine um restaurante que se autoproclama o "melhor" da cidade. Seu cardápio pode ser mais sofisticado, os ingredientes mais frescos, o ambiente mais elegante. Mas será que o "melhor" basta para criar um impacto duradouro? E se ao lado desse restaurante houver um estabelecimento pequeno, simples, mas que oferece uma experiência completamente diferente – pratos criativos que você não encontra em nenhum outro lugar, uma decoração fora do comum que surpreende acada visita, um serviço tão caloroso que faz você se sentir parte de uma família? Quem vai conquistar mais a sua lealdade: o que é "melhor" ou o que é "diferente"?
Outro exemplo: pense em marcas de tecnologia. Muitas empresas competem para ter o celular com a melhor câmera, abateria de maior duração ou o design mais moderno. Mas por que será que algumas marcas, mesmo com especificações técnicas semelhantes ou até inferiores, conquistam uma base de fãs tão leal? É porque elas são diferentes. Elas têm uma identidade, um estilo, uma forma de se conectar emocionalmente com o cliente que vai além de ser "melhor". Elas criam uma experiência única, algo que as outras não podem replicar, por mais que tentem.
A mesma lógica se aplica ao atendimento ao cliente. Qualquer empresa pode treinar seus funcionários para serem mais rápidos, mais educados ou mais eficientes. Mas quantas estão dispostas a ser diferentes no modo como encantam seus clientes? Ao invés de simplesmente resolver problemas, que tal antecipar necessidades, surpreender com gestos inesperados e transformar cada interação em uma experiência memorável?
A questão é: ser melhor pode te manter competitivo, mas ser diferente te faz inesquecível. Clientes podem não se lembrar do que você fez melhor, mas eles jamais esquecerão o que você fez único. Se você realmente quer se destacar, pergunte a si mesmo: O que te torna não apenas melhor, mas impossível de ser comparado?
Psicólogo (CRP 09/21628), especialista em Experiência do Cliente (CX) e do Colaborador (EX), fundador da Academia Brasileira do Cliente. Possui mais de 25 anos de experiência em atendimento, com ênfase nos últimos 13 anos na Educação Superior. É Diretor do Cliente na EBPÓS e CEO da ABC do Cliente. Formado em Administração pela PUC Goiás e em Psicologia, com MBA Executivo e especializações em Liderança, Inteligência em Negócios, Coaching e Ouvidoria. Já liderou projetos que impactaram mais de 50 mil clientes, com foco em estratégias humanizadas, culturas de cuidado e excelência operacional.
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